Bom dia, camaradas de leitura. Prontos para mais uma #QuartaCapa?
Quarta-feira será dia de vasculhar a memória, porque o tema sorteado, do @cochise é:
“Livros com citações que nunca esqueceu.”
Hora de compartilhar as pérolas que você acumulou ao longo de uma vida de leituras.

Como sempre, nosso agradecimento à @kiff pela compilação de indicações da semana passada na lista em https://aromatic-sloop-66a.notion.site/Livros-sobre-religi-es-afro-brasileiras-25-09-04-110315a2054180a3994eebe33812f841
Sugira novos temas respondendo aqui e sua sugestão será adicionada à planilha de sorteio.
Aproveitando para convidar a comunidade @livros para participar da brincadeira.

  • Cochise@lemmy.eco.br
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    1 month ago

    Vou publicar a partir daqui, em vez do meu perfil principal, em @cochise@social.subversida.de

    Para essa #QuartaCapa, impossível começar sem ser pela citação que me acompanha há tantos, tantos anos:

    Tudo será esquecido e nada será reparado

    A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera.

    Não há nada mais mortífero que o homem virtuoso.

    Essa citação em Cavalo Amarelo, de Dee Brown, sobre como a virtude, e não o vício, motivou o genocídio dos povos originários nos Estados Unidos é algo que nunca vou esquecer.

    Uma em inglês, porque gosto da sonoridade.

    [Life] It is a tale / Told by an idiot, full of sound and fury / Signifying nothing.

    Macbeth, William Shakespeare.

    Duas do mesmo autor, porque ele merece:

    Pago a pensão, com a pensão que o estado me paga pelo meu estado.

    Vaca de Nariz Sutil, Campos de Carvalho

    À noite a lua vem da Ásia, mas pode não vir, o que demonstra que nem tudo neste mundo é perfeito. A Lua Vem da Ásia, Campos de Carvalho

    Entrando na poesia,

    Come chocolates, pequena; / Come chocolates! / Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.

    quem sonha de dia e sonha de noite, sabendo / Todo o sonho vão, / Mas sonha sempre, só para sentir-se vivendo / E a ter coração.

    Qualquer poesia completa de Fernando Pessoa, ou de Álvaro de Campos. Há tantas edições que nem faz sentido escolher uma.

    Os meus mortos, os nossos mortos, os mortos de todos nós / Os mortos da nossa História – profundamente assassina.

    Quase certeza que essa versão está no Singular Plural, do Moacyr Félix. Os poemas deles tem várias versões, em livros diferentes.

    O Estrela da Vida Inteira é uma coletânea do melhor do melhor de Manuel Bandeira, e não dava para deixar essas três de lado:

    Nada pedir nem desejar senão a coragem / De ser um novo santo. sem fé num mundo além do mundo.

    A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

    A vida assim nos afeiçoa, / Prende. Antes fosse toda fel! / Que ao se mostrar às vezes boa, / Ela requinta em ser cruel…